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13 de ago. de 2012

Santa Edith Stein - 70 Anos Depois

Ao celebramos os 70 anos do martírio de Edith Stein nos vem ao coração vários pontos a serem partilhados, que, por certo, nos colocam numa situação um tanto delicada. Antes de tudo, o que a impulsionava era sua sede de Verdade, e nesta busca da Verdade ela encontrou um meio que é o ser humano. Todo seu labor científico e espiritual foi em vista da integralidade do ser humano. Edith Stein foi uma mulher profundamente apaixonada pelo vivente, e, integrada no seu contexto histórico social, soube, com ousadia, dar respostas, com sua vida atuante, aos questionamentos do seu tempo. 
Stein tornou-se uma das primeiras mulheres a entrar numa Universidade, coisa não permitida para as mulheres do seu período na Alemanha. Trabalhou com afinco pelo direito do voto eleitoral para as mulheres; deixou de lado seu estudo de doutorado e foi para o hospital de campo de batalha na Primeira Guerra Mundial; e passou pela experiência agnóstica, tão comum nos dias de hoje, dentre outros episódios que podemos destacar de sua biografia. De maneira que, com toda propriedade, podemos dizer que Edith Stein é uma mulher do nosso tempo.  
Ao distanciarmos setenta anos de sua “vitória sobre a morte”, podemos olhar para nós carmelitas, seus coirmãos, e nos perguntarmos que tipo de resposta estou eu dando aos inúmeros questionamentos do homem de hoje? Contemplando o modelo de santidade proposto pela Igreja na pessoa de Edith Stein, também nós temos o amor e ardor pela verdade? Também nós vivemos com intensidade nosso carisma, nossa vocação de sermos missionários da profunda amizade e intimidade com Deus, como tantos outros que nos precederam e doaram sua existência para arrebatarem a palma da vitória?
Mais do que nunca a humanidade espera ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus, de carmelitas que uma vez tocados pelo Inefável, sejam atuantes no seu raio de ação e onde a Igreja precisar. Em meio às celebrações dos 500 anos do nascimento de Nossa Santa Madre, comemorar os 70 anos do martírio de Edith Stein é também a ela estender a afirmação: “morreu filha da Igreja”. 

Por certo que o novo nos traz receio, mas o que seria da Igreja sem a parresia paulina? A Igreja hoje nos convoca a uma Nova Evangelização. E nós carmelitas, que resposta daremos? Do ardor em comunicar a “posse” do Amado. Do ardor que contagia a tantos outros pela subida do Monte. Seremos, a exemplo de Edith Stein, “pietas” das dores dos homens e mulheres de hoje, que clamam do alto de suas angústias, fome, depressão, guerra, solidão etc. O Cristo desfigurado está diante de nós... Que ao celebramos a festa da vida também tenhamos nós conseguido arrebatar nossa palma. E com infinita alegria possamos ouvir: “Vinde, Vinde! Benditos de meu Pai, pois estava... “
Santa Teresa Benedita da Cruz, intercedei por nós para que, com coragem e destemor, possamos ousar em sair de nossas pseudo estabilidades e seguranças. Dai-nos olhos para ver o novo e atingi-lo como meta.  Dai-nos o ardor pela humanidade. Fazei que nós, com nossa vida, contribuamos para a salvação do gênero humano. Por fim, intercedei por nós, para que possamos ser de fato carmelitas! Amém.

________________________

*Moisés Rocha Farias (Moisés da Cruz, OCDS) moisesdacruz@hotmail.com Bacharel em Filosofia. Membro do Grupo de Pesquisa: Um olhar interdisciplinar sobre a subjetividade humana, ligado ao CNPQ. Membro fundador do Grupo de Trabalho Edith Stein http://gtedithstein.blogspot.com.br/. Especialista em Metodologia e Didática do Ensino Superior. Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará. Conselheiro da Comunidade São José de Santa Teresa, da OCDS de Fortaleza-CE.

Santa Edith Stein - 70 Anos Depois

Ao celebramos os 70 anos do martírio de Edith Stein nos vem ao coração vários pontos a serem partilhados, que, por certo, nos colocam numa situação um tanto delicada. Antes de tudo, o que a impulsionava era sua sede de Verdade, e nesta busca da Verdade ela encontrou um meio que é o ser humano. Todo seu labor científico e espiritual foi em vista da integralidade do ser humano. Edith Stein foi uma mulher profundamente apaixonada pelo vivente, e, integrada no seu contexto histórico social, soube, com ousadia, dar respostas, com sua vida atuante, aos questionamentos do seu tempo. 
 
Stein tornou-se uma das primeiras mulheres a entrar numa Universidade, coisa não permitida para as mulheres do seu período na Alemanha. Trabalhou com afinco pelo direito do voto eleitoral para as mulheres; deixou de lado seu estudo de doutorado e foi para o hospital de campo de batalha na Primeira Guerra Mundial; e passou pela experiência agnóstica, tão comum nos dias de hoje, dentre outros episódios que podemos destacar de sua biografia. De maneira que, com toda propriedade, podemos dizer que Edith Stein é uma mulher do nosso tempo.  
 
Ao distanciarmos setenta anos de sua “vitória sobre a morte”, podemos olhar para nós carmelitas, seus coirmãos, e nos perguntarmos que tipo de resposta estou eu dando aos inúmeros questionamentos do homem de hoje? Contemplando o modelo de santidade proposto pela Igreja na pessoa de Edith Stein, também nós temos o amor e ardor pela verdade? Também nós vivemos com intensidade nosso carisma, nossa vocação de sermos missionários da profunda amizade e intimidade com Deus, como tantos outros que nos precederam e doaram sua existência para arrebatarem a palma da vitória?
 
Mais do que nunca a humanidade espera ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus, de carmelitas que uma vez tocados pelo Inefável, sejam atuantes no seu raio de ação e onde a Igreja precisar. Em meio às celebrações dos 500 anos do nascimento de Nossa Santa Madre, comemorar os 70 anos do martírio de Edith Stein é também a ela estender a afirmação: “morreu filha da Igreja”. 
 

Por certo que o novo nos traz receio, mas o que seria da Igreja sem a parresia paulina? A Igreja hoje nos convoca a uma Nova Evangelização. E nós carmelitas, que resposta daremos? Do ardor em comunicar a “posse” do Amado. Do ardor que contagia a tantos outros pela subida do Monte. Seremos, a exemplo de Edith Stein, “pietas” das dores dos homens e mulheres de hoje, que clamam do alto de suas angústias, fome, depressão, guerra, solidão etc. O Cristo desfigurado está diante de nós... Que ao celebramos a festa da vida também tenhamos nós conseguido arrebatar nossa palma. E com infinita alegria possamos ouvir: “Vinde, Vinde! Benditos de meu Pai, pois estava... “
 
Santa Teresa Benedita da Cruz, intercedei por nós para que, com coragem e destemor, possamos ousar em sair de nossas pseudo estabilidades e seguranças. Dai-nos olhos para ver o novo e atingi-lo como meta.  Dai-nos o ardor pela humanidade. Fazei que nós, com nossa vida, contribuamos para a salvação do gênero humano. Por fim, intercedei por nós, para que possamos ser de fato carmelitas! Amém.

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*Moisés Rocha Farias (Moisés da Cruz, OCDS) moisesdacruz@hotmail.com Bacharel em Filosofia. Membro do Grupo de Pesquisa: Um olhar interdisciplinar sobre a subjetividade humana, ligado ao CNPQ. Membro fundador do Grupo de Trabalho Edith Stein http://gtedithstein.blogspot.com.br/. Especialista em Metodologia e Didática do Ensino Superior. Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual do Ceará. Conselheiro da Comunidade São José de Santa Teresa, da OCDS de Fortaleza-CE.